Osasco sedia Encontro de Malabares sob Viaduto Metálico

Evento acontece todas às quartas-feiras e deverá se tornar agenda permanente de cultura na cidade

Moradores de Osasco têm atualmente uma nova opção de cultura e entretenimento bastante conhecida, principalmente em circos: o malabarismo. Com o apoio da Secretaria de Cultura de Osasco, a cidade promoveu na última quarta-feira, 8 de junho, o 4º encontro dos praticantes da modalidade através do Projeto Ponte do Circo. O evento aconteceu sob o Viaduto Metálico de Osasco (Reynaldo de Oliveira).

O projeto Ponte do Circo é inspirado em vários encontros de malabarismos e circo espalhados pelo mundo e tem como fonte de inspiração o Circo no Beco – evento onde acontece o Encontro Paulista de Malabares todas às segundas feiras desde 2001, na Vila Madalena. O objetivo da Ponte no Circo é primar pela valorização das artes nas suas mais diversas manifestações, além de trazer como princípios a ocupação do espaço público, a inclusão e mobilização social e a troca de informações e experiências. Diversidade cultural e artística, lazer e entretenimento de qualidade são os objetivos principais deste movimento que pretende agitar definitivamente Osasco.

De acordo com Matheus Bonassa, organizador do evento em Osasco e participante a 10 anos do projeto em São Paulo, o projeto Ponte do Circo pretende também promover o Encontro Osasquense de Malabarismo e, futuramente, um espetáculo de variedades. Osasco já sedia e realiza semanalmente, todas às quartas-feiras, das 17h às 22h, o encontro desde o dia 18 de maio. Os organizadores esperam que o evento se torne parte da agenda cultural permanente.

O local conta com ampla infraestrutura. O espaço é coberto, há som, iluminação e banheiros químicos. “Em Osasco no primeiro encontro reunimos 60 pessoas, enquanto o primeiro em São Paulo começou com duas pessoas. Aqui temos uma estrutura diferenciada, já há banheiro, algo que não existe na capital”, comentou.

Para Bonassa, todos podem participar do malabarismo. Ele convidou as pessoas para conhecerem, aprenderem e treinarem com o intuito de, em breve, poder organizar uma oficina escola sobre o malabares, acrobacias e formação de palhaços. Para os interessados, os organizadores emprestam alguns equipamentos, como bolinhas, aros e claves e ensinam os iniciantes. Segundo Bonassa, o evento pode se tornar itinerante, deverá percorrer o Calçadão da Rua Antonio Agu, e deverá atender também às comunidades mais carentes da região. O objetivo é promover também espetáculos periódicos com intervalos de um ou dois meses. Já no dia 29 de junho está sendo programado um espetáculo do projeto Ponte do Circo.

O projeto possui alvará da administração, é independente e de caráter colaborativo. “As caixas de som são emprestadas e a picape de som é minha. Aos poucos vamos erguendo o espaço e contamos com colegas DJs que ajudam a animar o evento.

Sobre o projeto, o secretário de Cultura de Osasco, Luciano Jurcovichi, explicou como se deu o diálogo para trazer a iniciativa. “Já tínhamos o objetivo de ocupar culturamente o espaço sob do Viaduto, por isso o nome Ponte do Circo, que visa trazer a ideia de ligação entre avenidas e pessoas. O projeto se encaixou nos anseios da administração”, comentou, explicando que eventualmente a área interna embaixo do viaduto pode se tornar uma oficina para diversas expressões culturais.

Ele ainda disse que no dia 12 de junho haverá a Ponte das Artes – uma retomada da Feira de Artesanato no espaço também sob o Viaduto Metálico, que contará com a presença do artista Ednardo. “O próprio prefeito Emidio disse no Congresso Brasileiro de Teatro que é importante defender e apoiar o artista de rua. Acreditamos que seja uma forma livre e democrática de expressão cultural. Não iremos reprimir nem perseguir esse artista, que vem sofrendo em outras cidades. Gradativamente as praças e muito outros lugares serão ocupados por espetáculos. Faremos um pólo de arte de rua não se esquecendo também do grafite”, revelou.

Quem prestigiou o evento ficou deslumbrado com a apresentação de Gustavo Soler, de 18 anos, que saiu do bairro Vila Clementina, em São Paulo, para se apresentar com o buugeng, equipamento feito de madeira prensada naval, imã e tinta e importado do Japão. “No Brasil acho que só eu pratico. Procurei, mas não encontrei ninguém nem em vídeos na internet e estou colocando os meus na rede para encontrar alguém. Hoje estou começando a produzir para vender por um valor três vezes menor. Estou testando para tornar mais acessível à modalidade”, comentou, ao dizer que o preço do equipamento pode ser salgado e chegar a custar mais de R$ 400. A modalidade é bastante praticada nos Estados Unidos, Polônia e Canadá.

Para ser realizado, a Ponte do Circo contou também com a parceria da Secretaria Municipal de Serviços e Obras, Guarda Civil Municipal, Meio Ambiente e Demutran. Também prestigiou o evento a secretária-adjunta de Cultura Nice Abrantes.

Evento paralelo

A Rede Globo exibiu no telejornal 1ª edição, no dia 10 de junho, uma matéria para o projeto “Parceiro do SP” sobre as ações culturais de Osasco com foco no trabalho da Orquestra do projeto Veredas – que tem como objetivo proporcionar a aprendizagem de música para crianças e jovens de 7 a 21 anos, através do Ministério da Cultura em parceria com a Prefeitura de Osasco – e Ponte do Circo. A equipe da emissora esteve no Centro de Eventos Pedro Bortolosso, sede da Secretaria de Cultura, para conferir o ensaio da orquestra e colher depoimentos dos jovens integrantes.

A emissora também participou de uma cobertura cruzada, com jovens recrutados por ela que receberam treinamento técnico para manusear câmeras e tiveram oficinas com profissionais do jornalismo com o objetivo de serem capazes de revelar um olhar diferenciado da região onde moram.

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