Prefeitura de Osasco participa de encontro de pessoas com deficiência auditiva

A administração foi representada pela secretaria de Educação, professora Mazé Favarão, que apresentou dados sobre inclusão na rede municipal aos convidados da Escola da Defensoria Pública do Estado

A Escola da Defensoria Pública do Estado (EDEPE) promoveu no último sábado, 20 de março, o Encontro de Surdos de Osasco, com diversas palestras sobre educação e inclusão social das pessoas com deficiência auditiva.

A prefeitura de Osasco foi representada no evento, realizado no Teatro Municipal de Osasco, pela secretaria de Educação, professora Mazé Favarão, primeira palestrante do dia, convidada a falar sobre a inclusão na rede municipal de ensino.

Antes dela, no entanto, o defensor público Anisio Vieira Caixeta, coordenador regional da Defensoria Pública do Estado, abriu os trabalhos ressaltando a importância do aprendizado, principalmente da língua de sinais para “sermos agentes transformadores e tirarmos do papel o constitucionalismo fraternal”. O também Defensor Wladimyr Alves Bitencourt, um dos idealizadores do evento, contou como nasceu a ideia do encontro e, muito emocionado, agradeceu a disposição de todos os presentes. “Todos aqui querem contribuir para um mundo melhor. Sabemos que é uma gotinha no oceano, mas é o primeiro passo para transformarmos a sociedade”, disse.

MUDANÇA

A professora Mazé iniciou sua palestra enfatizando a iniciativa e destacando o quanto a oportunidade é importante para se transpor os obstáculos. “Quando temos encontros dessa natureza saímos vendo mais do que víamos, vislumbrando mais alternativas para vencer mais desafios”, enalteceu.

Na sequência, a secretária explicou como era feito antes o atendimento às pessoas com deficiência auditiva na cidade – segundo ela, de forma excludente e asilar – e como é hoje, em atenção à legislação federal, com inclusão ampla, principalmente no contexto da educação.

Segundo ela, a Secretaria de Educação tem buscado incluir os surdos oferecendo primordialmente condições de comunicação. “Os jovens tem de praticar sua autonomia e nossas intervenções são no sentido da autonomia, do crescimento”.

Mazé explicou ainda que, inicialmente, concentrou os alunos da Escola Especial José Marques de Rezende na EMEF Mal. Bittencourt, que é uma escola regular, com transporte e intérpretes. Agora, o atendimento está sendo descentralizado e oferecido a outras 3 unidades: EMEF Francisco C. Pontes de Miranda, EMEIEF Messias Gonçalves da Silva e EMEF Benedito Weschenfelder. “Todas as crianças com deficiência devem ser matriculadas na escola regular e podem ter atendimento educacional especializado no contraturno. Além disso, oferecemos curso de libras para as crianças, professores e pais. Temos buscado a mudança e considero que já resolvemos a questão da inclusão. O desafio agora é avançar na interação e integração com todas as suas intercorrências”, disse.

Em 2005, explicou Mazé – eram 500 alunos matriculados na Escola Especial Dr. Edmundo Campanhã Burjato e 400 na lista de espera. “Felizmente, a legislação determinou a inclusão nas escolas regulares em salas especiais e depois em salas regulares e hoje chegamos a 1.154 alunos com deficiência na rede regular, ou seja, triplicamos os números de 2005”, comemorou.

NOVA ERA

As ações para a educação inclusiva na Secretaria de Educação passaram a ser coordenadas pelo Corpo Técnico Pedagógico, formado por equipes compostas por profissionais da área de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia ou terapia ocupacional e assistência social, além da supervisão escolar, que irão visitar as unidades. “O corpo tem por diretrizes a ampliação do atendimento educacional especializado para alunos com deficiência; ações para acessibilidade das escolas e dos processos pedagógicos; produção e distribuição de materiais acessíveis para auxiliar as práticas da educação inclusiva; mudanças significativas quanto às práticas pedagógicas, principalmente ao planejamento e às paradas pedagógicas, para construção de formas de trabalho que dêem conta de lidar com as diferenças e ações de comunicação, arte e cultura, para a inclusão social de todos”, explicou.

O encontro

A ideia do evento surgiu após o defensor público Wladimyr Alves Bitencourt participar de uma reunião com cerca de 60 pessoas com surdez para tratar das demandas da população com deficiência auditiva de Osasco. Ele também esteve no gabinete da secretária para ficar a par das novas diretivas em relação à inclusão. “Com este encontro, pretendemos fazer com que a sociedade esteja melhor capacitada para receber essas pessoas. Essa transformação contribuirá para efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana para as pessoas surdas”, afirmou.

Entre os assuntos também discutidos no encontro estão acessibilidade, educação inclusiva, participação de surdos em atividades esportivas, trabalho com bebês e crianças surdas, e outros temais atuais sobre os direitos das pessoas com deficiência.

Também participaram do evento o coordenador da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, Neivaldo Augusto Zovico; a coordenadora do MEC (Ministério de Educação e Cultura), Cleonice Machado de Pellegrini; e a coordenadora pedagógica da Escola para Crianças Surdas Rio Branco, Débora Caetano Kober, entre outros.

Secretaria de Educação

Assessoria de Comunicação: Vilmary Macedo

Texto e foto: Soraia Sene

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