Osasco realiza Fórum Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentado

A Prefeitura de Osasco realizou na manhã de quarta-feira, 23 de junho, mais uma reunião ordinária do Fórum Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentado. O evento acontece desde o ano de 2005 e foi realizado no Espaço Cultural Grande Otelo.

O tema abordado foi “Operação Urbana Consorciada Tietê II”, que discute a expansão do centro de Osasco. O encontro marcou a 27ª reunião para debater o assunto, que já foi tratado em audiências públicas. A reunião contou com a presença de empresários e profissionais liberais de diversos ramos de atividade no município.

O secretário adjunto da Secretaria de Indústria Comércio e Abastecimento (SICA), Antonio Jardim, abriu as atividades e destacou a importância de explorar o assunto. Em seguida, o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Osasco (SEHDU), Sérgio Gonçalves, ficou encarregado de fazer a apresentação do projeto, coordenado por sua secretaria e que trabalha numa ação intersecretarial pela abrangência, complexidade e impacto desenvolvimentista que o projeto deverá provocar na cidade. “A Operação Tietê II vem sendo debatida na cidade nos últimos seis meses, mas o projeto já começou há mais de um ano e meio. Ao longo do desenvolvimento do trabalho, recebemos sugestões dos munícipes, comerciantes, industriais e pessoas ligadas ao setor produtivo em geral. Com isso, conseguimos aperfeiçoar o projeto e dar mais qualidade ao desenvolvimento da cidade”, destacou.

A renovação da área central de Osasco prevê o aumento de densidade e reaproveitamento de galpões, edifícios e terrenos vagos ou subutilizados, de forma a aproveitar a infra-estrutura de transporte público e a mobilidade humana existentes no local, facilitando e minimizando o número de deslocamentos regionais e dentro da própria área de intervenção, inclusive com a combinação de diferentes modalidades de transporte. “Com certeza esse processo irá trazer um desenvolvimento espetacular para a cidade como um todo”, comentou Sérgio.

Essa operação é um instrumento urbanístico regulamentado pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257 de 2001), e, neste caso particular, segue a diretriz do Plano Diretor vigente em Osasco, aprovado pela Lei Complementar n° 125 de 2004, que recomenda esta área para revitalização urbana, preferencialmente por intermédio de operações urbanas consorciadas. As intervenções também prevêem a adequação da cidade aos estudos do PITU (Plano Integrado de Transportes Urbanos) 2025, projeto integrado para toda a região Metropolitana de São Paulo.

Durante a apresentação, Sérgio Gonçalves destacou os aspectos geográficos e econômicos de Osasco que possui mais de 700 mil habitantes e é o 5º município mais rico do Estado de São Paulo. A cidade tem ainda um PIB de 17,7 bilhões e 24.892 mil per capita, sendo a 14ª cidade mais rica do país.

Dentro da proposta municipal, a primeira Operação Urbana Consorciada de Osasco permitirá a ocupação planejada e ambientalmente protegida de cerca de 50 hectares do território, localizados entre o rio Tietê e a estrada de ferro próximo ao bairro no km 18. A iniciativa visa ainda construir um parque linear até a orla do Rio Tietê. O secretário Sérgio Gonçalves destacou que com essa medida Osasco ganhará um novo bairro, que irá abranger um centro comercial, de serviços, e espaço residencial. O comércio deverá ser nos moldes lyfestyle, sendo aberto, com diversas lojas, área de conveniência, restaurantes, bares, etc. O projeto já foi aprovado e aguarda apenas a posição do Estado para aprovação das medidas planejadas para execução. “Fizemos a Operação Urbana Tietê I e observarmos a aceitação do setor produtivo que motivou interesse comercial. Vimos que há viabilidade. Por isso, estamos traçando a Operação Urbana Tietê II que irá alterar o centro da cidade”, explicou.

O secretário também falou sobre o Plano de Reabilitação da Área Urbana Central do bairro Bonfim. Com essa medida, a administração pretende fazer uma intervenção em uma área de aproximadamente 70 hectares (excluído o leito do rio Tietê) – delimitada ao Norte pela rodovia Presidente Castello Branco; ao sul pela linha férrea da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); a Leste pela Avenida Fuad Auada e Complexo Viário Maria Campos; e a Oeste pelo viaduto Presidente Tancredo Neves, sendo as duas últimas, as principais ligações entre as porções Norte – sul do município.

Nas ações da Operação Urbana Consorciada Tietê II, os bairros do Rochdale e o Conjunto Hervy, assim como os prédios Nova Grécia. O objetivo é modificar as potencialidades econômicas do local que, a princípio, apresenta condições geográficas frágeis. O rio Tietê perderá, então, seu caráter de limite e será convertido em uma centralidade. A requalificação do espaço e do desenho urbano passará pela recuperação do rio e suas margens. Dentre as propostas, está ainda a alteração do perfil de empreendimentos do centro com características de prestação de serviços, como o bairro Leonor e a própria Vila Hervy. “Na área Hervy, o valor geral de vendas (VGV) tem uma conta separada pela complexidade e qualidade da área. O empreendedor para construir ali deverá construir o prédio da Prefeitura e da Câmara Municipal, na região próxima da estação de Osasco, e fazer uma doação para ambos os Poderes. Deverá fazer todos os acessos ao trem para os prédios e construir a Praça Cívica (na Vila Hervy) e o museu. Com isso, a Prefeitura concederá o benefício de duas áreas previstas por lei. É o investimento do consórcio para a iniciativa privada que desejar investir na cidade”, avaliou.

O secretário afirma que as obras institucionais a serem construídas pelo consórcio não são caras, mas devem respeitar as exigências do projeto. “Certamente são instalações modernas e que atenderão melhor a cidade. Todas as secretarias ficarão centralizadas no mesmo prédio de 12 andares, onde existirão escaladas rolantes, elevadores e passagens com acessibilidade para melhor atender ao munícipe. Nenhuma secretaria ficará com o espaço menor do que ela tem hoje. O objetivo é melhorar a infraestrutura do Paço. Haverá facilidade no acesso pelo munícipe e com certeza serão otimizados os trabalhos do setor público. Até mesmo a Câmara terá um espaço maior pela demanda exigida. Tudo foi feito baseado em estudos de acordo com a necessidade das instituições, sem demasia de gastos”, ponderou.

Sobre a requalificação da área central junto à ferrovia, a operação prevê a reforma da estação de Osasco com a implementação dos trens de superfície, que deverão circular em intervalos de 3 minutos. “Ela [estação] será uma passagem do que chamaremos de centro antigo para o novo. Haverá uma passarela que ligará a estação ao centro de Osasco. Com isso, o fluxo de pessoas deverá dobrar no centro de Osasco. Além de reformar duas passarelas construiremos outras pontes e acessos na região central da cidade”, resumiu. O projeto estima ainda construção de acessos subterrâneos na região central próximo a estação.

A Vila Leonor, por possuir uma importância arquitetônica, pode ser transformada num centro cultural. “Esse é um debate que deve ser feito junto à população e à CPTM. Precisamos dar uma solução habitacional viável às famílias que moram lá. Temos conversas com a Secretaria de Desenvolvimento Trabalho e Inclusão para estimular a prática de cursos de capacitação e qualificação para inserir essas pessoas numa nova realidade comercial. Já para as famílias do Bonfim, uma vez que respeitamos o Estatuto das Cidades, sabemos que dentro do mesmo perímetro urbano estas pessoas devem ser contempladas com a construção de conjuntos habitacionais que iremos fazer”, avaliou.

Um terço da área que atualmente é o Paço municipal será cedida para a construção de um parque central.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Osasco (ACEO), André Menezes, destacou a relevância do comércio varejista do Calçadão da Antonio Agu para a cidade e do centro expandido como um todo. “Pelo alto fluxo dos nossos centros comerciais, temos a preocupação com as reformas que existirão na Antonio Agu e que visam dinamizar as atividades econômicas. Por isso, parabenizamos a iniciativa que deverá proporcionar maior dinamismo”, comentou.

Já o secretário de Indústria Comércio e Abastecimento, Juracy Dalle Lucca, reforçou o fato do crescimento da cidade ser algo inevitável como em todos os grandes centros mundiais. “Precisamos enfrentar o futuro desenvolvimentista e ele deve ser encarado. Temos que continuar realizando fóruns e entendendo que é preciso transformar e oferecer melhorias no centro de Osasco. A sociedade civil organizada nos ajuda a tomar as melhores decisões para o futuro da cidade que ela também constroi. Precisamos revitalizar o centro e continuar trabalhando para que tenhamos um espaço melhor de convivência urbana”, concluiu.

Sergio Gonçalves ainda lembrou a mudança de local do Terminal Rodoviário, próxima a estação Osasco, para a região do Km 21, já que existe a proximidade da rodovia Castello Branco e do Rodoanel. De acordo com ele, essa medida ajudará desafogar as principais vias de acesso à cidade – principalmente no horário de pico – uma vez que os ônibus não mais passarão pelo centro. O secretário acredita que, com o apoio da iniciativa privada, a operação deverá ser executada a longo prazo, em torno de 8 anos, mas que a curto prazo algumas iniciativas já deverão ser concretizadas em até dois anos. Os projetos deverão ser encaminhados nas próximas semanas para a Câmara Municipal.

Também participaram do Fórum o deputado Marcos Martins (estadual), os vereadores Aluisio Pinheiro (líder do prefeito na Câmara) e Cláudio da Locadora, Mauro Queraza, gerente regional do SEBRAE Osasco e representantes de segmentos comerciais, educacionais, financeiros, entre outras autoridades.

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um comentário

  1. Que bom que fosse verdade a execução desta vasta lista de objetivos que estão anunciando na matétia ae em cima, como moradoro de um dos bairros citado nesta lista de melhorias espero estar VIVO para ver essa mudanças.

    Banha

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