Primeiro bebê internado na UTI Pediátrica recebe alta em Osasco

O pequeno Thiago Henrique Barros Albuquerque, de um pouco mais de 7 meses de vida, ficará marcado na história de Osasco por ser o 1º bebê a receber alta na recém-inaugurada UTI Pediátrica do Hospital Municipal Central Antônio Giglio. A criança recebeu alta na tarde de sábado, dia 12 de março, após 13 dias de internação e avaliação médica do pediatra Dr. Ivan Antonio Martins Ferreira.

O bebê chegou no dia 28 de fevereiro à UTI Pediátrica, encaminhado da pediatria do Pronto Socorro do Jardim Rochdale. “A criança apresentava broncopneumonia mais broncoespasmos, uma bronquite severa e forte. Podemos dizer que foi uma bronquiolite, uma afecção respiratória aguda mais frequente e a principal causa de hospitalização nas crianças nos primeiros dois anos de vida. Ocorre quando as vias aéreas mais estreitas dos pulmões, chamados bronquíolos, ficam inflamadas e acumulam muco. Na ocasião, a criança ficou no pronto-socorro do hospital aos cuidados dos pediatras plantonistas da emergência. Por Deus, e claro à administração, foi inaugurada a UTI no dia seguinte, 1º de março, e o bebê foi transferido”, revelou o pediatra Dr. Ivan.

De acordo ainda com o pediatra, a criança ficou do dia 28 de fevereiro a 4 de março na UTI, que foi viabilizada com recursos obtidos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Marcos Martins. “Nos dias seguintes, colocamos o bebê no leito da enfermaria para que pudesse desmamar uma série de medicamentos recebidos na UTI”, explicou. O médico também explicou o procedimento adotado para cuidar do bebê. “A criança foi colocada na UTI porque existia o risco de morte. A partir daí, estabilizamos o quadro clínico até que ela não corresse mais riscos. Na seqüencia, a levamos para a enfermaria da pediatria para tirarmos, aos poucos, toda medicação forte recebida no tratamento da gravidade do caso”, detalhou.

Dr. Ivan ainda ressaltou a importância do atendimento básico no salvamento de vidas infantis. “Haverá agora um pediatra na UBS, que acompanhará essa criança a partir do momento que ela sair da UTI. Será feito o tratamento ambulatorial e já curada a criança levará uma vida normal”, disse.

A mãe da criança, Andreza Roberta Santos, de 27 anos, dona de casa e moradora do Jardim Rochdale, estava radiante com a alta do filho. “Pensei que perderia meu neguinho”, brincou. “Ele estava muito ruim mesmo, mas graças ao atendimento dos médicos e enfermeiros deu tudo certo. Eu e meu bebê fomos recebidos com muito carinho e atenção. Vieram quatro médicos só para atender meu bebê. Foi o melhor atendimento médico que já recebi. Hoje tenho certeza que posso voltar com meu filho sossegada para casa depois da confiança que todos me passaram”, completou a mãe, que distribuía sorrisos no quarto à equipe médica.

Para o superintendente do Hospital Municipal Central, Ewandro Ruck, o fato tem relevância significativa, bem como a estrutura criada para atender crianças em estado clínico grave. “Em outros momentos, a criança vinha ao nosso pronto-socorro, ao serviço de urgência e emergência, estabilizávamos o bebê e tínhamos que solicitar vaga em hospitais de outros municípios. Hoje isso não acontece mais. A UTI Pediátrica do Hospital Central de Osasco atende a demanda de uma cidade de mais de 700 mil habitantes. Fazemos, em média, 500 atendimentos de pediatria por dia, entre hospitais e PS da região”, declarou.

Para o secretário de Saúde de Osasco, Gelso de Lima, a alta do 1º bebê é motivo de muita comemoração, pois marca o avanço e crescimento da infraestrutura hospitalar da cidade. “O Hospital Municipal Central completa, em agosto deste ano, 15 anos. Para um hospital que realiza atendimentos de baixa e média complexidade, o único serviço necessário que faltava era uma UTI Pediátrica. Hoje já é uma realidade, por isso o futuro das nossas crianças e daquelas famílias que dependerem da nossa UTI estará garantido. Ficamos felizes em saber que todo tratamento transcorreu bem com a criança e ela poderá retornar sadia para seu lar”, comentou.

O prefeito Emidio de Souza também falou sobre a eficácia dos serviços prestados na UTI Pediátrica. “O fato de termos a primeira alta mostra a utilidade dela. Isso nos dá a dimensão da maneira como ela ajuda a recuperar e salvar vidas. Estou seguro que a implantação foi algo fundamental e acertado para nossa cidade”, reforçou.

Estrutura da UTI Infantil

A UTI Pediátrica ocupa 180m² e conta com 8 leitos, sendo um de isolamento. Ela atende tanto a demanda da rede como o PS Pediátrico do hospital. Já a enfermaria tem área de 370m², onde funcionam 18 leitos. Com a abertura da UTI, entre 45 e 50 profissionais diretos, entre equipe de recursos médicos e administrativos, trabalham no atendimento pediátrico.

A UTI Pediátrica do Hospital Central conta ainda com dois isoletes (incubadoras para bebês), um fixo e outro de transporte; poltronas ao lado de cada leito para as mães poderem acompanhar seus filhos durante a permanência na UTI; e sala de apoio. A enfermaria Pediátrica também possui brinquedoteca, lactário, ventiladores especiais, bomba de infusão e seringa, isolante de transporte, em torno de oito respiradores infantis e oito monitores específicos, dentre outros equipamentos. A UTI ainda vai possibilitar que o município passe a realizar cirurgias pediátricas eletivas, pois oferece a retaguarda necessária para essas intervenções.

Novidades Cirúrgicas

“Realizaremos, em breve, com a inauguração da UTI Pediátrica, mais procedimentos de cirurgia infantil. Passaremos a realizar cirurgias infantis de amídalas, ouvido e hérnia. Embora sejam de baixa complexidade, antes não tínhamos o respaldo da UTI Pediátrica. Com a construção dela, já começaremos a fazer todas as cirurgias infantis do município. Estimamos começar com uma média de 10 cirurgias realizadas por semana, cerca de 40 por mês”, disse o superintendente do Hospital Central. Na área de apoio e diagnóstico de exames, com a UTI em pleno funcionamento, Ruck acredita que a demanda deve aumentar em aproximadamente 10% do total de volume de requisições de exames.

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