Profissionais da saúde discutem controle social da tuberculose em Osasco

O Estado de São Paulo ainda registra 18 mil novos casos da doença por ano e 5 mil pessoas ainda morrem de tuberculose todos os anos no Brasil

Com o objetivo de mobilizar a sociedade civil no combate à tuberculose, Osasco sediou na quarta-feira, dia 23 de junho, o evento Mobilização e Controle Social da Tuberculose, promovido pelo Comitê Metropolitano do Fundo Global-SP. Com a presença de médicos e gestores da saúde pública de Osasco, Carapicuíba, Barueri, Itapevi e Taboão da Serra, além de representantes de segmentos sociais desses municípios, o encontro, denominado de Roda- Viva, foi realizado no Centro de Formação dos Professores de Osasco.

Na abertura, o secretário municipal de Saúde de Osasco, Gelso de Lima, desejou boas-vindas aos participantes do encontro e falou sobre a nova metodologia no atendimento aos pacientes de tuberculose em Osasco. “Até 2006, o tratamento desses pacientes era feito de forma centralizada na Policlínica Sul. A partir daquele ano, no entanto, descentralizamos o atendimento, que passou a ser realizado nas 32 Unidades Básicas de Saúde do município e obtivemos grande êxito com a mudança que, aliás, já deveria ter sido implantada pelas administrações anteriores”, disse o secretário.

Falaram também sobre a importância do evento e sobre a gravidade da tuberculose, as médicas Mirtes Aparecida F. Fernandes, diretora do Departamento de Saúde Pública de Osasco; Simone Augusta, secretária de Saúde de Carapicuíba; Nadja Faraone, da Rede Paulista de Tuberculose; e Vera Galesi, diretora da Divisão de Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde. Após abertura, os participantes assistiram ao vídeo “Tuberculose e Mobilização Social”, que mostra os números da doença no mundo, no Brasil e em São Paulo.

Em seguida, Vera Galesi destacou a importância da mobilização social no combate à tuberculose, sem a qual, segundo a médica, pouca coisa o poder público consegue realizar para combater a doença que ainda mata milhares de pessoas e está ligada diretamente à condição social do paciente. “Quanto mais pobre é a comunidade, mais vulnerável ela fica à doença”, enfatizou. Segundo os organizadores, o tratamento é muito complicado e se o paciente não tiver um acompanhamento intenso, por parte da família, ele não consegue sozinho, tomar todos os remédios necessários para livrá-lo da doença.

Números

Apesar de ser curável, se diagnosticada e tratada a tempo, a tuberculose ainda é uma doença que preocupa as autoridades brasileiras. Apesar dos avanços conseguidos nas últimas décadas, os números ainda são altos e atingem principalmente as camadas sociais mais pobres. A cidade de Manaus lidera os índices proporcionais, porém, a cidade de São Paulo lidera em números absolutos por ser a cidade mais populosa do Brasil.

Atualmente, são registrados 8 milhões de novos casos de tuberculose em todo o mundo. No Brasil, esse número é de 80 mil novos casos por ano, sendo que o Estado de São Paulo registra 18 mil novos casos da doença por ano. Dos casos registrados no estado, 800 pessoas acabam morrendo todos os anos. Em números absolutos no Brasil, o Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 14 mil novos casos por ano.

Segundo Vera Galesi, o Fundo Global é uma entidade internacional que repassa recursos aos países em desenvolvimento para o combate à tuberculose e o Roda Viva, inspirado no programa de entrevista da TV Cultura, foi uma fórmula que o Comitê Metropolitano do Fundo Global implantou, com sucesso, para mobilizar a sociedade e os gestores no combate à doença. Como no programa da TV, no Roda-Viva da tuberculose, o debatedor fica no centro de uma roda respondendo a perguntas de diversos participantes sobre um determinado tema.

No encontro de Osasco, após a formação de vários grupos com participantes de todos os municípios citados acima, foram debatidos quatro temas, com os seguintes debatedores no centro do Roda-Viva: Dr. Leonardo Marcolan – Busca ativa de Tuberculose e DOTS; Dra. Necha Goldgrub – A Tuberculose nas populações de risco; Dra. Camila Rodrigues – Coinfecção na Tuberculose; e Dra. Nadja Faraone – Mobilização Social e Tuberculose.

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