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Área recebe investimentos anuais correspondentes a 32% do Orçamento Municipal, enquanto a lei exige 15%. Dados foram apresentados pelo secretário Gelso Lima, durante audiência pública na Câmara Municipal
O secretário de Saúde da Prefeitura de Osasco, Gelso Lima, participou na noite de terça-feira, dia 14 de outubro, de uma audiência pública da Comissão de Saúde e Promoção Social da Câmara Municipal de Osasco para prestação de contas.
Durante o evento, realizado no plenário da Câmara e que atende a legislação federal, foram apresentados dados referentes aos dois últimos trimestres de 2006, de todo o ano de 2007 e ainda dos dois primeiros trimestres de 2008.
A apresentação dos números foi feita pelo coordenador do Fundo Municipal de Saúde, Dante Gambardela. Já o secretário fez as considerações sobre os números e respondeu a perguntas dos vereadores e do público que acompanhou a audiência.
Segundo Gelso, o acúmulo de dados referentes aos anos anteriores, na audiência, foi decorrente do processo de informatização da rede. “Fizemos um trabalho bem planejado, que envolveu inclusive a capacitação de funcionários, mas que foi demorado. Por isso, tivemos algumas dificuldades em compilar todos os dados da rede de saúde. Mas agora, eles já estão formatados”, explicou.
Ainda segundo ele, os números mostram a evolução registrada, nesse período, na área da saúde, que recebe investimentos anuais correspondentes a 32% do Orçamento Municipal, enquanto o exigido por lei é 15%.
“Realizamos cerca de 2,2 milhões de atendimentos por ano. Isso, para uma cidade que tem 714 mil habitantes, é um número bem representativo. É como se cada morador da cidade passasse 3 vezes, por ano, pela rede de saúde”, completou.
Dentre os dados destacados na apresentação, referente ao 1º semestre desse ano, está o controle de dengue, já passou por mais de 90 mil imóveis.
No Hospital Municipal Central Antônio Giglio foram realizadas, também no 1º semestre, cerca de 140 mil consultas e mais de 1,6 mil cirurgias; enquanto na Maternidade Amador Aguiar foram feitos 2,7 mil partos, cerca de 900 cirurgias e 14,6 mil consultas, além de 4,1 mil interanções.
O balanço revelou ainda que o PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) passou a cobrir, nos 6 primeiros meses desse ano, 58% da população da cidade, o que equivale a cerca de 400 mil famílias recebendo orientações sobre prevenção a doenças e encaminhamentos para a rede de saúde. Já a Farmácia Popular atendeu 47 mil pessoas com venda de medicamentos com 90% de desconto e o PAD (Programa de Atendimento Domiciliar) assistiu 257 pessoas com visitas de equipe multidisciplinar a pacientes acamados. E os medicamentos também chegaram a domicílio, para 250 famílias, por meio do Programa Remédio em Casa.
Outro destaque foi o programa de Saúde Bucal da cidade, que atendeu 260 mil pessoas nesse período. Com isso a média de atendimentos, nessa área, é de 40 mil mensais, o dobro da registrada em 2007. Já o Incor/Osasco registrou, nesse mesmo período, mais de 40 mil procedimentos.
“Sabemos que ainda há muito a ser feito na área da saúde, mas temos de ter orgulho do trabalho que realizamos até agora”, completou Gelso.
Ele também esclareceu, a partir de perguntas formuladas pela platéia, que ações para melhorar o sistema dependem também da sociedade civil organizada, principalmente cobrando de outras esferas do governo, como o Estado, o cumprimento de suas obrigações. “Temos que exigir, por exemplo, que o Hospital Regional de Osasco, que é referência para toda a região, volte a realizar partos de alto risco. Esse procedimento foi encerrado há pouco tempo e, com isso, a Maternidade Amador Aguiar passou a ser a única que realiza esse tipo de parto em toda a região. E sem receber qualquer repasse do SUS para atender as gestantes de outras cidades”, explicou.
