NÃO SEJA O MELHOR AMIGO DO RATO

Texto: Fábio de Souza Cardoso
Biólogo – Centro de Controle de Zoonoses.

Em grandes cidades como Osasco, encontramos três espécies de RATOS. Alem de ser um animal de difícil controle populacional seu comportamento é pouco conhecido pela sociedade.

Uma espécie muito bem organizada socialmente, eles são em duas espécies neofóbicos (medo a alimentação nova) portanto cada vez que se introduz uma alimentação diferente (veneno) o chefe do grupo manda o mais novo comer e fica sendo observado por alguns dias até que o chefe autoriza toda colônia a comer, daí a eficácia do veneno controlado, produtos hoje comercializado em forma de granulado e parafinado, que tem seu efeito ativo em média de 5 dias, tempo suficiente para toda colônia comer. O chumbinho por ter seu efeito quase imediato faz com que o rato ao comer, morra logo em seguida e o chefe da colônia não manda mais ninguém comer, desta forma não é possível controlar a população de ratos. O chumbinho está proibido desde 1982.

Ciclo de vida

? RATAZANA (Rattus norvegicus) com uma média de vida de 2 anos.

? RATO DE TELHADO (Rattus rattus) com uma média de vida de 1 ano e meio.

? CAMUDONGO (Mus musculus) que vive cerca de 1 ano.

A partir do 3º mês de vida já podem procriar, sendo que o tempo de gestação é, em média, de 19 a 22 dias e o número de filhotes por cria é de 5 a 12, na dependência da oferta de alimento e abrigo.

Agravos à saúde

Os ratos urbanos transmitem várias doenças como a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino e a hantavirose, entre outras. Também causadores de acidentes causados pela mordedura.

Medidas preventivas (um dever de TODOS)

Cada um de nós pode verificar a infestação de ratos, pode ser verificada através da observação dos seguintes sinais:

Fezes: sua presença é um dos melhores indicadores de infestação. As fezes podem levar à identificação da espécie presente;
Trilhas: sua aparência é de um caminho bem batido, com 5 a 8 cm de largura, sendo encontradas geralmente nas proximidades de muros, junto às paredes, atrás de materiais empilhados, sob tábuas e em áreas de gramados;
Manchas de gordura: deixadas em locais fechados, por onde passam constantemente como, por exemplo, nas paredes e vigas;
Roeduras: os ratos roem (mas não ingerem) principalmente materiais como madeira, cabos de fiação elétrica e embalagens de alimentos para gastar sua dentição e como forma de transpor barreiras para alcançar os alimentos;
Tocas: são encontradas junto ao solo, junto aos muros, entre plantas e normalmente indica infestação por ratazanas;

A prevenção é possível através da adoção de um conjunto de medidas que chamamos de antirratização:

– Acondicionamento correto do lixo: dentro de sacos plásticos, em recipientes com tampas apropriadamente fechadas e limpas periodicamente, de preferência sobre estrado, para que não fiquem diretamente em contato com o solo;
– Dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor passa para recolher;
– Nunca jogar lixo a céu aberto ou em terrenos baldios;
– Acondicionamento correto dos alimentos: em recipientes bem fechados;
– Inspecionar periódica e cuidadosamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários, gavetas e todo tipo de material que adentre ao ambiente e possa estar servindo de transporte ou abrigo a camundongos;
– Vedar frestas ou vãos que possam servir de porta de entrada aos ratos para os ambientes internos;
– Colocar telas (com menos de 1 cm de vão de diâmetro), grelhas, ralos do tipo “abre-fecha”, sacos de areia ou outros artifícios que impeçam a entrada desses animais através de ralos, encanamentos ou outros orifícios;
– Evitar o acúmulo de entulho ou materiais inservíveis que possam constituir abrigo aos ratos;
– Manter terrenos baldios limpos e murados;
– Manter limpas as instalações de animais domésticos e não deixar a alimentação destes exposta onde os ratos possam ter acesso, principalmente à noite;
– Vistoriar e manter limpos garagens e sótãos.
De importância fundamental é a parceria da comunidade do entorno, que deve ter informação e compreensão adequada do problema para eliminação de hábitos e costumes que possam contribuir para a proliferação dos ratos, tais como jogar lixo, entulho e sobras de alimento em córregos, praças, terrenos baldios, bueiros, etc.

Lembrando:

Eles só vivem onde encontram ABRIGO, ALIMENTO, ÁGUA e ACESSO.

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