Vinda de presidente Lula oficializa criação da Universidade Federal em Osasco

256-leandro-palmeira-33.jpg Anúncio da instalação da Unifesp na cidade e de mais recursos do PAC para Osasco e região motivaram a visita do presidente

A visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Osasco, na segunda feira, 28, selou a parceria realizada entre o governo federal e o município para a construção de uma Universidade Federal na cidade. Outro fator que trouxe o presidente ao município foi o lançamento de novas obras com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na cidade, com a urbanização da Vila Vicentina e a construção de um conjunto habitacional na área Miguel Costa, em Quitaúna.

O presidente foi recebido pelo prefeito Emidio de Souza no terreno em frente ao ginásio de esportes Geodésico, vendido recentemente pela Fundação do Exército para o Ministério da Educação, que irá erguer no local um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A solenidade reuniu cerca de 10 mil pessoas.

No terreno, atrás do palco montado para a cerimônia presidencial, Lula plantou uma muda de jequitibá, simbolizando o passo inicial da obra. O jequitibá (gigante da floresta em tupi guarani) é uma árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, existente na região sudeste.

Em seguida, Lula subiu ao palco ao som de “Coração de Estudante”, música de Milton Nascimento e Wagner Tiso executada ao vivo por músicos do Conservatório Villa Lobos. A escolha do tema foi do prefeito Emidio, segundo ele porque a letra fala de “esperança e futuro”.

Esperança e futuro, aliás, foram palavras que permearam o pronunciamento do prefeito, que disse considerar aquela a mais importante visita de Lula à cidade. “Depois de tantas vezes que o senhor já veio a Osasco, antes e depois de ser presidente da república, esta é a visita mais significativa, porque é para lançar o programa que está mudando o País”, disse, referindo-se ao PAC. “Se o senhor pudesse ouvir relatos de populares de áreas beneficiadas pelo programa aqui em Osasco, conheceria pessoas de 30, 40 anos, que nasceram em um barraco e só agora, por causa do PAC, vão poder morar em casas de alvenaria”, completou.

O prefeito Emidio salientou ainda que muitos osasquenses estão tendo suas vidas transformadas por causa da política social do governo Lula. Como exemplo, citou que entre janeiro de 2005 e janeiro de 2008, Osasco criou 27 mil novos empregos com carteira assinada. “Quando o presidente veio à cidade para reabrir a Cobrasma, o pátio da antiga metalúrgica produzia 2 mil toneladas de aço por mês. Hoje são quase 8 mil toneladas. Nunca teve um presidente que olhasse para a cidade como o senhor tem olhado”, exemplificou.

256-ivan-cruz-34.jpgUniversidade Federal

Citando a criação da Unifesp em Osasco, Emidio disse que esta iniciativa é uma forma de o governo federal estender uma mão para a juventude que não pode pagar por ensino superior particular. Ao final de suas palavras, o prefeito assinou, com o ministro da Educação Fernando Haddad, portaria instituindo grupo de trabalho para avaliar quais serão as áreas de estudo dos cursos do novo campus da universidade.

O deputado federal João Paulo Cunha falou em nome de seus companheiros da Câmara dos Deputados, os deputados Fernando Chucre e Claudio Magrão, também presentes ao evento. Ele mencionou que pais e mães de famílias ricas ou pobres têm como maior preocupação a educação de seus filhos. “Não há política boa se não houver Educação. O prefeito Emidio também tem essa preocupação, por isso já deu início às construções de dois CEUS na cidade. Osasco vai tratar o estudante, tanto no seu ‘berço’ quanto na preparação para o futuro”, disse.

Fernando Haddad, por sua vez, destacou que a União tinha uma dívida enorme com o Estado de São Paulo na área da Educação. “Com as introduções de campus de universidades federais em Santos, Diadema, Guarulhos, ABC, e Osasco, estamos resgatando nossa dívida com a região metropolitana de São Paulo”, declarou, completando que há dois anos o prefeito Emidio levou ao MEC o pedido de instalação de um campus em Osasco. “Proposta que hoje se consagra vitoriosa”, disse. O ministro destacou ainda o empenho do deputado João Paulo para a criação da Unifesp em Osasco. “No último ano ele [João Paulo] me ligou todas as semanas para ver como estava sendo viabilizada a compra do terreno”, completou.

256-ulisses-barbosa-44.jpgPAC

Na seqüência, foi a vez de os prefeitos Emidio de Souza, Geraldo Leite Cruz (Embu) e Paulinho Bururu (Jandira) assinarem as ordens de serviço para o início dos empreendimentos do PAC em suas cidades. As obras de urbanização e regulamentação de assentamentos precários serão realizadas com verbas do FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social), em parceria com o Ministério das Cidades, por meio da Caixa Econômica Federal.

Complementando este momento, a moradora de Carapicuíba Vilani Nogueira da Silva fez um pronunciamento, representando as comunidades beneficiadas pelo PAC, “Agora vou poder ter um CEP oficial. Já perdi um emprego porque não tinha endereço, mas agora, além de ter uma casa decente, acredito que poderei conquistar um emprego melhor”, disse.

Em seguida, o ministro das Cidades, Marcio Fortes, reforçou que a filosofia da União no tocante aos projetos de habitação do PAC é proporcionar “moradia com propriedade”. “O objetivo é fazer o trabalho completo, providenciando, inclusive, a regularização fundiária”, disse.

O governador José Serra, por sua vez, destacou a importância das parcerias entre municípios, Estado e União, independentemente dos partidos políticos de seus governantes. Ele anunciou a construção de uma Fatec na Vila dos Remédios, além de escolas técnicas em outras cidades da região. Outro exemplo de ação conjunta citada por ele foram as obras de combate às enchentes na zona Norte de Osasco. “O Emidio acabou de me contar que este ano Osasco não teve enchente. É resultado das obras que dividimos com o governo federal aqui na cidade”, completou.

256-ulisses-barbosa-45.jpg“Melhorar a vida das pessoas”

Antes de Lula falar à população, a ex-beneficiária do Bolsa Família Maria Aparecida Vera, de Osasco, devolveu ao presidente seu cartão do programa social. Ela é uma das 300 mulheres que receberam qualificação para trabalhar na confecção de uniformes escolares dos alunos do município, em um programa realizado pela prefeitura em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos. Agora, com suas conquistas profissionais encaminhadas, não precisa mais da verba mensal do Bolsa Família.

Lula ressaltou a natureza democrática do momento, destacando as diferentes bandeiras políticas dele e do governador José Serra. O presidente classificou as obras do PAC como “cruciais para melhorar a vida das pessoas”, e disse que parcerias como as realizadas com o governo de São Paulo estão possibilitando o maior investimento da história do Brasil em obras que significam melhoria na qualidade de vida da população.

O presidente destacou ainda a necessidade da criação de um novo PAC ao final de seu mandato, convicto da necessidade de o país ter um planejamento a longo prazo para resolver definitivamente os problemas das comunidades carentes, evitando soluções “curativas”.

Referindo-se à Unifesp, Lula destacou a importância da qualificação profissional. “Qualquer ser humano tem mais possibilidades de conseguir um emprego tendo formação e qualificação”. Ele salientou a importância da formação profissional para as mulheres, dizendo que a dona-de-casa fica muito mais vulnerável, enquanto a mulher que trabalha conquista respeito e liberdade.

Lula falou também sobre o Prouni, esclarecendo que, mesmo antes de implantar universidades federais em cidades paulistanas, seu governo já estava atento à carência de oferta de ensino superior para os mais pobres em São Paulo. Ele disse que, somente em Osasco, há 3.073 alunos universitários atendidos pelo programa. “Com essa nova universidade, mais jovens de comunidades carentes terão formação e poderão obter sua cidadania definitiva”, disse.

Também estiveram presentes ao evento o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda; o Secretário de Estado da Habitação, Lair Krähenbühl; os prefeitos Ruth Banholzer (Itapevi), Fuad Chucre (Carapicuíba), Geraldo Leite da Cruz (Embu), José Jorge da Costa (Itapecirica da Serra), Carlos Aymar (Araçariguama), Filippi Júnior (Diadema), Roque Moraes (Vargem Grande) e Eduardo Tadeu Pereira (Várzea Paulista); a ministra do Turismo, Marta Suplicy; o deputado estadual Marcos Martins, o coordenador geral da União dos Estudantes de Osasco, Carlos Alves de Liam e Silva; o presidente da Câmara Municipal de Osasco, Osvaldo Verginio, a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade Marcia Abreu, vereadores da cidade e todo o secretariado municipal.

256-ulisses-barbosa-50.jpgDestinos dos investimentos do PAC em Osasco

Osasco está recebendo mais R$14,4 milhões do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), do governo federal, para obras de urbanização de favelas. O contrato de repasses assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 28, se refere à urbanização da área AA, na Vila Vicentina, Jardim Roberto e à construção de um conjunto habitacional na área Miguel Costa, próximo ao Centro.

Além dessas obras, há também recursos de mais de R$ 110 milhões, entre repasses do PAC e verbas da prefeitura, para levar mais qualidade de vida a 5 mil famílias. As obras já estão em andamento no Colinas D’Oeste/ Morro do Socó, Morro do Sabão e Portal (Menk e Campo). O contrato referente a estas áreas foi assinado pelo presidente em junho de 2007, em evento realizado com prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

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