Vigilância Epidemiológica de Osasco esclarece dúvidas sobre a gripe A em audiência pública na Câmara Municipal

430 Romulo Fasanaro Filho (1)Segundo Dr Ruy Cordeiro, coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, informação é a maior arma contra a doença, que está sob controle na cidade

O Coordenador da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Osasco, Dr Ruy Cordeiro, participou na noite de terça-feira, dia 18 de agosto, de audiência pública realizada pela Comissão de Saúde e Promoção Social da Câmara Municipal de Osasco sobre a gripe A (H1N1).

O objetivo do evento, segundo o presidente da Comissão, vereador Carlos José Gaspar, foi esclarecer dúvidas da população sobre o tema, além de destacar dados atuais sobre a doença na cidade.

O coordenador da Vigilância Epidemiológica iniciou sua exposição fazendo um alerta para que as pessoas não confiem em e-mails, que circulam pela Internet, com informações sobre a doença, já que a maioria deles traz dados incorretos e que só servem para alarmar a população. “É muito importante que as pessoas saibam a fonte dessas informações antes de repassá-las via e-mail”, alertou.

Em seguida, ele apresentou dados gerais e da cidade sobre a doença. Segundo o médico, no Estado de São Paulo, a cada 100 pessoas gripadas, 20% têm a gripe A. “E estamos trabalhando com dados muito expressivos. Somente em nosso Estado, foram feitos 4,2 mil exames de detecção da doença. No Brasil, até agora, foram mais de 11 mil testes e 13% envolvem a gripe A”, disse.

Já o índice de óbitos pela doença, no Estado, é de 0,18%. “Esse índice é o mesmo registrado pela gripe sazonal, que é a gripe comum”, afirmou.

Em Osasco, até o momento, foram registrados 7 óbitos, entre os quais 4 casos em que a confirmação da doença aconteceu após a morte do paciente. “Isso porque a Vigilância Epidemiológica e do Serviço de Verificação de Óbito de Osasco têm a postura de apurar, em qualquer caso de morte suspeita, se houve contaminação pelo vírus H1N1, o que é muito importante para que os parentes dessas pessoas passem a ser monitorados e haja bloqueio da transmissão. Se não fizéssemos isso, como a maioria dos óbitos decorre de penumonia, que é uma evolução da doença, a contaminação pelo vírus não seria investigada”, explicou.

Osasco registrou ainda 481 notificações, das quais 428 já foram encerradas. Foram contabilizados 74 casos positivos e 85 casos negativos, entre os quais 15 de gripe comum. A cidade conta ainda, atualmente, com 34 pacientes em monitoramento e 5 óbitos suspeitos de terem sido provocados pela gripe A, para os quais a Vigilância aguarda resultados de exames.

Outro assunto abordado pelo coordenador foi o atendimento nas tendas cedidas pelo Exército e onde há triagem de pacientes com sintomas da gripe. Elas estão montadas no Hospital Central Municipal Antônio Giglio e nos Pronto-Socorros do Jardim Santo Antônio e Helena Maria. De acordo com último levantamento da coordenadoria, referente ao dia 15 de agosto, elas somam 90 atendimentos diários. Esse número é bem inferior ao do início da triagem, no final de julho, quando houve 186 atendimentos por dia. “Também registramos um pico quando foi anunciado que começaríamos a distribuir medicamento anti-viral “, completou.

Atualmente, Osasco fornece o medicamento Osetalmivir (conhecido com o nome comercial de Tamiflu) a pacientes que não precisam de internação. A distribuição, para o tratamento ambulatorial, é feita nos Pronto Socorros do Helena Maria e Santo Antônio e também no PAC (Pronto-Atendimento Central), para pessoas que integram o grupo de risco definido pelo Ministério da Saúde e com a apresentação de receita médica e formulário de dispensação. “Já há 45 dias entregamos o medicamento para pacientes internados nos 6 hospitais particulares e nos 2 municipais da cidade. E desde o dia 5 de agosto também fazemos a dispensação ambulatorial. Em nenhum momento houve falta do anti-viral na cidade”, explicou.

O médico também falou sobre os principais sintomas da doença. “A maior diferença entre a gripe comum e a da gripe A é a tosse, que neste caso é muito seca. Além disso, a pessoa apresenta uma piora no 3º dia”. Ele relatou ainda as ações de prevenção realizadas pela prefeitura. “A informação é a principal arma contra a doença. E ela está nas nossas mãos. É preciso adotar todas as medidas de prevenção que estão sendo divulgadas em nossas campanhas, como lavar constantemente as mãos, cobrir a boca e o nariz quando espirrar e evitar lugares aglomerados. Além disso, quem está doente deve ficar em casa”, orientou. E afirmou que elas têm obtido sucesso. “A decisão de prorrogar as férias foi muito acertada. Além disso, estamos fazendo um grande controle nas escolas para identificar alunos com gripe e bloquear a transmissão. E nossa campanha de prevenção teve um nível de penetração, entre a população, que nem São Paulo conseguiu”.

Ele também está otimista sobre o futuro. “A transmissão já entrou em uma curva decrescente. Acredito que em 15 dias vamos conseguir baixá-la para um nível razoável”, encerrou.

Em seguida, o coordenador da Vigilância Sanitária respondeu perguntas dos vereadores e da platéia.

Participaram da audiência o presidente da Câmara, Osvaldo Vergínio, e os vereadores Aluísio Pinheiros, João Góis, Ana Paula Rossi, André Sacco e Valdomiro Ventura.

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